Peczenyj's Blog

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Rogue: Muita Ação Em 1980

No fim da década de 90, fui o feliz proprietário de um PC 286 dotado de monitor CGA monocromático. Rodando DOS 5.0 no disquete maior, esta pontente maquina possibilitou que eu aprendesse Pascal para a faculdade, alem de testar centenas de sharewares baixados do Sintel.net.

A vontade de jogar era maior do que tudo, obviamente. As limitações do Hardware, entretanto, só foram eliminadas com um jogo extremamente simples, datado da década de 80: Rogue (uma breve história do jogo pode ser encontrada aqui).



Rogue é um jogo simples: tu és um guerreiro (ou alguma coisa parecida) representado por uma carinha ascii (ou uma @, dependendo da versão). Navegando por labirintos cheios de itens mágicos, armas e monstros, vais descendo até encontrar o temível Dragão (representado pela letra D – após algumas horas de jogo, o alfabeto torna-se incrivelmente ameaçador!).

A complexidade do jogo não é pequena: vc pode usar um anel amaldiçoado (cursed) que te teleporte aleatoriamente até que vc consiga remove-lo com a mágica certa. Um dos monstros pode remover níveis do seu personagem, involuindo-o (letra X se não me engano – alias esse foi o único jogo que apresentava esse tipo de desafio). Cada jogo é diferente do outro, o que representa centenas de horas de diversão. Para saber mais, começe aqui.

Jogos em modo texto, com este tipo de interface gráfica ou os mais simples como Zork ou Colossal Caves representam um excelente desafio: jogos cujo impacto seja a sua estória, suas possibilidades e a criatividade do autor. Qualquer um que pense em criar jogos (mirabolantes ou não) deveria conhecer estes vovôs dos jogos atuais, e tentar fazer um, inclusive.

Existe espaço até para jogos multiplayers, como no caso dos MUDs. Tem gente jogando a mais de uma década o que os mais novos descobriram no WoW.

ps: eu SEMPRE joguei em modo “Fast Play” (Scroll Lock!), exceto em ambientes grandes e escuros.