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Voltas às Aulas E O Java - Parte 2

Existe o clássico problema de determinar se um aluno passou ou não de ano quando são informados as notas e o número de faltas.

Vejamos:
1) O número de faltas é acima do permitido?. Aqui entra um if dos bons com uma comparação numérica, quando um número é maior ou igual a outro.
2) A média é basicamente somar as X notas e dividir por X (se for média aritmética). Somar e dividir são operações matemáticas básicas.

Uma forma de fazer é:
if( numero_de_faltas > maximo_de_faltas_toleradas) {
// reprovado por faltas
} else if ( media_do_aluno < media_para_passar ){
// reprovado por nota
}
// se nem um nem outro, esta aprovado


O ruim dessa abordagem é que o aluno estar aprovado é uma condição “que sobra”. Se passarmos a focar a aprovação do mesmo ficaria assim:

if( media_do_aluno >= media_para_passar && numero_de_faltas <= maximo_de_faltas_toleradas) {
// aprovado!
} else {
// reprovado!
}


É claro que eu posso que eu posso querer saber o motivo pelo qual o aluno foi reprovado:

if( media_do_aluno >= media_para_passar && numero_de_faltas <= maximo_de_faltas_toleradas) {
// aprovado!
} else if(numero_de_faltas > maximo_de_faltas_toleradas){
// reprovado pelo número de faltas: ignoro a média.
} else {
// aqui só sobra a reprovação por nota,
// basta fazer a tabela-verdade dessas expressões
}


Se o foco do professor for o algoritmo, isso é o que deveria ser analisado. Quem implementa corretamente um método que recebe X notas e um número de faltas e consegue responder a essas perguntas consegue descrever facilmente os casos de teste para verificar se a implementação corresponde ao que se espera.

Um programa que tenha algum tipo de interação (seja Swing ou console) ajuda a fazer um macarrão de código, mesclando o algoritmo com o controle de estado dos “menuzinhos”. No fim vemos laços de repetição aonde não são necessários, calculo de média errado, etc.

Ok, não acho que um marinheiro de primeira viagem devesse começar por JUnit, mas uma com boa noção dos fundamentos da linguagem e evitando a interação desnecessária com o usuario (poderia ser usado até os parâmetros do main), acredito num melhor desempenho. O risco é o aluno acreditar que java é dificil ou que tudo se resume a getters/setters e gigantescos try/catch’s onde as exceptions são varridas pra debaixo do tapete.

Eu colocaria TDD num segundo momento, mas ai sem perdão, ensinando o caboclo a fazer do jeito certo o quanto antes. O que é dificil se eles conseguem passar sem saber fazer aritmética básica.